sábado, 18 de junho de 2011
The copenhagen kiss
A noite em Copenhaga é infeliz. A língua é áspera de faisões e pesadelos e as duas luas que se vêem daqui não condizem.
Sobra razão e gente demasiadamente submersível, uma inabilidade arqueológica e sincera para sorrir. Copenhaga gravita e navega na intolerância desértica do Norte
e do seu ignóbil declínio. Copenhaga é um navio
um pouco maior do que a sua cópia
de gelo, tripulado pelos fantasmas siameses
do destino. Copenhaga é de compleição tímida,
maioritariamente pálida, indescritivelmente geométrica.
E, ao mesmo tempo,
Copenhaga acompanha bem com um bom vinho
prescindido, vulcões com a disponibilidade do Brasil
em dias de festa,
uma ou outra insubordinação de asas partidas.
Mas é só quando Copenhaga ganha a visita do teu séquito
que eu sou verdadeiramente
infeliz.
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