quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Sala de pequenas cirurgias
Há sempre uma infecção no insondado que atrai as multidões e faz um brinde com a nossa serenidade adolescente e míope. E é possível ver-se daqui o insondado - e a sua capital a arder – e mais não fazer do que a descrição atormentada do obstáculo da vida, entre mim e o insondado, entre dois tempos rivais mas reconhecíveis na pestilência do séquito, no inferno dos seus desejos sem sentido e sem vez, na trágica pulsação de ninguém. Nus e dirimidos.
Mais não fazer, ou fazer tudo talvez para que o insondado permaneça insondado, contraindo assim o vírus da timidez tipo 1,
a gripe dos diminuídos por sua própria conta e risco,
uma hérnia no dizer
e um cancro no único pulmão da iniciativa.
O último prognóstico era muito reservado também
e recusou-se a prestar quaisquer depoimentos
aos jornalistas.
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haja muita poesia da tua
ResponderEliminara ver se nos protege da esquizofrenia semanal.
uma espécie de proteína milagrosa
para aqueles de nós
que não já não segregam imaginação
suficiente para crer em milagres.
beijo